quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gin.

"...Ela esqueceu o sorriso e embalou na despedida,despida e àrida sendo a mulher mais feliz,nua inconsequente,mastigava-se na loucura da espera,no avesso de si,descobre outra vez o esquecer para continuar."

"Paul,não consigo olhar para o espelho."

"É normal."

"Hiberno no meu rosto mas não durmo o suficiente para poder gostar,assusto-me quando desterro corpos da cara porque não os conheço."

s triste com isso?"

"Acabo bêbada de consciência de aquilo que sinto não é nada,talvez seja má disgestão minha."

Na memória de ter fim.

Tão sem farsa,
que se mascára,
e se disfarça,
ofereçe o corpo,
na memória de ter fim.
amordaça a sua farsa,
ata os sapatos da desgraça,
na memória de ter fim.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Umma Thurman é transexual.

Inês Neves-Pára lá de me tratar mal,eu tratar mal,é uma coisa,sou mais nova,tenho mau feitio e sou intragável,agora tu abusares de mim,não!
João Carvalho-Sabes que és uma pessoa baixa não sabes?
Inês Neves-154cm de grandeza.
João Carvalho-Isso no dialecto da gastronomia significava seres meia dose de chanfana.
Inês Neves-Meio litro de vinho tinto.
João Carvalho-E meia conversa com uma rolha.
Inês Neves-Apeteceu-me denunciar esse comentário.
João Carvalho-tirou um macaco enquanto viu este comentário.
Inês Neves-Obrigado pelos teus comentários,Podes Anular esta acção ou denunciar a acção como abusiva.
João Carvalho-Fiz chá,queres?
Inês Neves-Já não há comboios.
João Carvalho-Não tenho açucar.
Inês Neves-Não meto.
João Carvalho-Não és tu que metes.
Inês Neves-Depende do comboio
João Carvalho-Não há rápidos a esta hora.
Inês Neves-Os rápidos não param nas nossas estações.
João Carvalho-Depende.
Inês Neves-Mudas de casa com frequência?
João Carvalho-Não,se queres de cidreira ou de maça canela.
Inês Neves-Eu faço cá em casa, não te incomodes.
João Carvalho-Também já não há comboios a esta hora.
Inês Neves-Podes vir a pé.
João Carvalho-Não tenho quem me empurre a cadeira de rodas.
Inês Neves-Pede escolta à policia. vivo em frente a uma esquadra.
João Carvalho-O meu pai foi militar,fez a peça "O quebra nozes" mas foi impedido de trabalhar,tinha a doença de ter bigode.
Inês Neves-A sério, eu preferia chá de lichia ou de rooibos.
João Carvalho-Espera,tenho uma unha encravada.
Inês Neves-O que estás a fazer? encher de lixo as tuas páginas virtuais? vais ter filhos?
João Carvalho-Não posso engravidar de gente,sou adepto de zoofilia.
Inês Neves-Amanhã queres ir a cascais de manhã?
João Carvalho-Podemos falar de rochas?
Inês Neves-Como quiseres, eu só quero que alguém me acompanhe ao centro de emprego.
João Carvalho-Então levo uma carcaça para dar aos pombos.
João Carvalho-Vou dormir cona,amanhã vou "trabalhar".
Inês Neves-Eu também vou dormir.*
João Carvalho-Estou mal disposto.
Inês Neves-Vens a cascais?
João Carvalho-Não.
Inês Neves-Ainda bem,passar vergonha.
João Carvalho-Tenho medo dos peixes.
Inês Neves-Vai poh krl puta da merda cona ensaguentada na boca cabrao dum bebedo a escorrer ranho e pus do cu castanho com pelos e borbotos la presos, puta rameira barata com sida manca surda e má broxista vai à merda.
João Carvalho-O que é uma puta,sabes?
Inês Neves-Era eu em criança
João Carvalho-Eu era a tua carie.
Inês Neves-Não me fales.
João Carvalho-Não sei escrever.
Inês Neves-Chega,ao menos admite
João Carvalho-O que,que não tenho 1 euro para comprar açucar!?
Inês Neves-Não,admite que a Umma Thurman é Transexual.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comunicação comtemporânea

"Ele falava,sentia-lhe a vontade de falar,deixei-o prosseguir para que não se preocupasse comigo,um medo comum ao social aquele de que quando se fala nota-se o desinteresse,"Estou a chatear-te?" então mentes "Não,continua."e ele continua mesmo consciente disso,é a comunicação democrática.
A individualidade do argumento surge na penumbra do desabafo,é dele que se trata,um problema individual já nada se reflecte nos problemas sociais,é apenas do "Eu",então deixei-o falar,mas o que ele falava eu não ouvia,sentia à distancia o som do distorcer metálico,porque eu não queria ouvir,porque estou em mim,no meu prazer egoísta democrático...eu,eu,eu...ele,ele,ele...é cada um por si,existe um estranho sono na comunicação comtemporânea."

Sábado,13/11/2010,4:55 da manhã.

sábado, 6 de novembro de 2010

mais um pouco do conto

-"Apetece-me mergulhar nos lábios do copo,saborear o interlúdio,esclarecer em branco o código genético do passado e sair deste "submarino" de guarda-chuva empurrado pelo o sopro da consciência."

........

-"Será possível não fechar os olhos e poder dormir?sonhavas tu,louco por dormir,ao contrário dos outros que apenas deitam o corpo em vez da consciência."

........

-"Sentou os seus olhos no colo dos olhos dela,e ali ficaram,observando o movimento do mundo."

........

-"Penteava os ponteiros do relógio como se conhecesse o tempo."

Vincent (Short Film) By Tim Burton/ Narrated:Vincent Price

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Segundo conto a ser preparado

"As frases dele vão-se deitando na cama folha branca,ali é onde realmente descansam,onde namoram o sono,é um quarto mais seguro que o outro,aquele  onde fingem ter sono só para não acordar."

........

"Tomará que ele não fosse cobarde,que não tivesse a fraqueza de escrever só para se afastar de si,eu conhecia-o antes de ele ter feito aquela lobotomia pessoal,pensou que o conforto estivesse na frustração das ruas da cidade,pegava na caneta e escravizava eventos sociais,um dia tinha de pagar,quem lhe mandou engravidar de gente?"

........

"Estará o cego a olhar para mim,ferido dos sons que pronuncio intelectualmente?ou será que ele apercebeu-se que o meu coração já não faz barulho?eu não uso o tempo do meu relógio,portanto não será o seu movimento mecânico,estranho..."

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Para breve mais um conto

"Sinceramente,não faço a minima ideia,não quero saber se realmente fui parido de um milagre genético ou de algum amor clandestino,sei que apenas nasço vivamente quando lavo a minha cara suja de pesadelos da noite anterior e reparo que está um gajo numa cruz a olhar para mim feito parvo."

.......

"Minha senhora,apenas me sinto gente quando de manhã abro o guarda-roupa e visto o meu fato,você vê alguma luz de Deus nisto?eu apenas oiço os gritos polvora seca dos putos a envolverem as ruas de mãos dadas com as marmitas,isto é claramente uma agressão de Deus!costumo até soltar um suspiro afogado na boca,são apoteóses das 7 da manhã!"

.......

"Não sei se defendo uma fé ou os 50 euros que trago na carteira,ambos me servem claramente!de uma coisa tenho a certeza,apenas me serve para propósito próprio,isto invalida a credibilidade de uma fé universal,estranho..."

.......

"E o que me vai servir a aceitação do senhor?o que,sou salvo e fico uma eternidade infinita sentado a rejubilar paisagens e a comer frutos à volta de uma fogueira com outros merecedores da salvação como se de uma clínica de reabilitação se tratasse?não!isso não é para mim!eu cá gosto de dar encontrões em gente na rua e não pedir desculpa,gosto de cheirar confusão,entrar no táxi e falar de bola e de putas até à porta de casa,sentar-me no sofá e sentir-me um anarquista de pijama,deitar-me e bater uma,fumar um cigarro!aqui sim!sou vivo!"

.......

"‎-"Se Deus criou o mundo à sua imagem,posso dizer que conheço Deus perfeitamente,veste um autocarro de gola alta,calça um prédio de camurça e perfuma-se de gente apressada."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Frederico o rapaz doente

Frederico era um rapaz doente,
doença de ser doente,
abracava-lhe com certo jeito,
cuidava-lhe do cabelo,
preparava-lhe o sono,
amparava-lhe a queda,
mas o Frederico era um rapaz doente,
doença de ser doente,
Não tinha mais do que a sua doença,
preenchia-lhe mais do que outra coisa,
porque sentia cá dentro a sua alegria,
alegria de ser doença,
doença de ser doente.

Phone

-"phone,phone,phone is ringing!always the god damn phone!"

-"Who is it?what do you want?who the hell that i´m speaking?"

silence...

"phone,phone,phone is ringing!"

Tic,tac,tic,tac!

-"The clock and the phone!"

-"Good morning!" i answered

-"What a ridiculous hapiness!"

-"So yes!i´ve lied on the phone!

I turn my back,and...

-"phone,phone,phone is ringing!"

Conquer your Universe

It´s to soon,and i don´t know what to do actually,so i take two steps to the right,two steps to the left.
I bite myself just to feel me useful but instead of being usuful blooms some kind of comic pain.
I feel that i´m in orbit,a universe of silence and planet computers,pens,paper and slowmotion workers.

It grows inside my attic a feeling that i own this universe!!because it looks like i´m the only one who can really talk without using keyboards,breathe without keyboards!!tha makes me feel outstanding,if i close my eyes i almost touch their comet thoughts!!

Nothing is more beautiful that see my Boss as a slave!my Boss is my slave!!what an orgasmic Nebula!!

-"Commander,touch the keyboard!" i said.

-"Click!" and he did!

this is so amazing!!i want to control all the keyboards!!suddenly the Big-Bang...

-"John?stop walking around like a stupid child and go to the file room!" my Boss said.

Damn,well,Planet Earth is calling me,it´s good to be John again.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bilhete e identidade são coisas distintas.

Vinha no comboio,apetecia-me ir de comboio,porque gosto de poder observar o espaço de cada passageiro e porque não me apetecia sujar os ténis.Chegou o fiscal que fazia o seu trabalho com uma cara de comboio e pergunta-me : "O seu bilhete?", ao qual eu respondo : "Não tenho,nunca ando com bilhete.", e ele sem pestanejar solta : "A sua identidade?", eu respondo : "A minha identidade?não tenho,nunca ando com ela.", e acrescento : "Só porque traz o seu nome nessa placa não significa que seja identidade sua,tenho a certeza que lá por ter nascido não faz de si identidade,a sua identidade não é ser fiscal e muito menos vem de identidades familiares ou de apenas uma "patologia" númerica mecanográfica,diga-me então se tem a sua identidade.", ele olha para mim e diz-me : "A identidade que me referia é a que contém a sua morada e o seu local de nascimento.", ao qual eu respondo instantaneamente : "Lá por viver numa casa com morada não significa que lá seja gente  ou viva inteiramente e o local de nascimento,quem lhe garante que tenha nascido numa maternidade ou em algum local?eu sei que nasci,mas não sei onde,se nasci do ventre ou se nasci mais tarde.", ele ficou espantado a olhar para mim,ao mesmo tempo que me levanto e vou direito à porta e saio.

Prozac

A sua alquimia em definir um sentimento mas não querendo sentir,ao abrir a porta do quarto,por baixo da carpete,as estrelas cá em baixo se estivessem viradas do avesso,dava-lhe o Big-Bang.

Não querendo parar de pensar,o composto químico dos átomos que contornam o "como,o que e quando quero ser" é o príncipio fundamental de dar-se o ínicio de voltar a atrás do ser e viver de novo.

Mas,mesmo que não sinta ser nada e comece de novo,quem lhe garante que não vomite para dentro um "sentir?sentir é uma violação pessoal!"e se preferir mentir,tem menos hipóteses de galvanizar uma esperança.

A sua consciência morreu,quem cometeu esse homicídio foi sem dúvida a confiança da razão de ser,e se ao entrar no quarto novamente e não ouvir barulho,estará a salvo,porque um corpo vazio é bem mais confortável que um comboio cheio de hóspedes.

Colocou a arma apontada à cabeça do egoísmo e não disparou,não por falta de desejo,mas para lhe mostrar um pouco dele.

"Mas quem te mandou tentar matar o teu alguêm,se mesmo que morresses haveria sempre um indivíduo com alguma parte de ti."pensou por baixo da porta.