terça-feira, 30 de agosto de 2011

Discurso de ficção.

- Não posso tocar um gesto,
que nas minhas mãos se esguia,
num sentimento em caligrafia,
se levanta um frio de um protesto.

- Fosse estranho se não o fizesse,
se não fosse cobarde de culpa,
para uma coragem de desculpa,
e fugir do que acontece.

- Ah! consciência do desconforto,
não fosse tudo tão corrosivo!
ou me tornas constantemente vivo,
ou demasiado morto.

- Queria eu perceber sem ter de olhar,
aquilo que me rasga a vedação,
se é amor por negação,
ou se é ódio de continuar.

- Antes fosse ficção,
sem qualquer humanidade,
sem a doença de identidade,
só discurso de imaginação.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Conto do dia.

"...Ainda a noite tinha acabado de repousar de rompante, já todos desnotavam nos pensamentos - "O futuro dirá", Já todos entrelacavam os dedos para acabar no dia anterior. Que no fundo, nada em dose demasiada será uma rotina substituível, já eu, seguia no conforto do destino norte, com certa confiança que para um quanto a noite me destinava, era o que eu já sabia de partida ensonado quando saia de manhã, mas, o que poderia eu considerar numa manhã qualquer da semana senão um surto universal  inimaginável de possibilidades que se negam à partida desde a minha escolha matinal? "

19:31