sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pensamento do dia.

Numa sociedade instruída à obrigação fácil e a uma infantilidade monótona ou à plasticidade mórbida englobada ao desprezo próprio e ao desempenho fútil só a degradação humana fará do triunfo a própria extinção, nesta evolução árida de ser correcta aos livres sentidos morais que nos suspenderam durante séculos apenas preservará um suicídio global continuo ao que a verdadeira face da evolução preserva, o carácter. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Terapia de comboio.

Encolho-me no cerco da humanidade, aquela com a dignidade de hora de ponta, visto o meu casaco indiferença e durmo até a exaustão, porque nada do que aqui me cerca me interessa, distraí-me o desprezo de ser num deles o infinito escrúpulo de o ser também, um hábito humano, o mesmo de qualquer um a conquistar o meio palmo de sonho que toda a gente, aqueço-me na ficção de uma humanidade que não a minha, como um ladrão de relógios roubando o tempo dos outros.

7-12-11

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Discurso de ficção.

- Não posso tocar um gesto,
que nas minhas mãos se esguia,
num sentimento em caligrafia,
se levanta um frio de um protesto.

- Fosse estranho se não o fizesse,
se não fosse cobarde de culpa,
para uma coragem de desculpa,
e fugir do que acontece.

- Ah! consciência do desconforto,
não fosse tudo tão corrosivo!
ou me tornas constantemente vivo,
ou demasiado morto.

- Queria eu perceber sem ter de olhar,
aquilo que me rasga a vedação,
se é amor por negação,
ou se é ódio de continuar.

- Antes fosse ficção,
sem qualquer humanidade,
sem a doença de identidade,
só discurso de imaginação.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Conto do dia.

"...Ainda a noite tinha acabado de repousar de rompante, já todos desnotavam nos pensamentos - "O futuro dirá", Já todos entrelacavam os dedos para acabar no dia anterior. Que no fundo, nada em dose demasiada será uma rotina substituível, já eu, seguia no conforto do destino norte, com certa confiança que para um quanto a noite me destinava, era o que eu já sabia de partida ensonado quando saia de manhã, mas, o que poderia eu considerar numa manhã qualquer da semana senão um surto universal  inimaginável de possibilidades que se negam à partida desde a minha escolha matinal? "

19:31

sexta-feira, 25 de março de 2011

Masca(ra)

"O que guardo de uma noite masca, em todo o meu corpo pastilha elástica, a vergonha das conversas , das pegadas, dos lábios no sabor dos copos, sento o meu espírito coisa plástica, no meu corpo pastilha elástica."

domingo, 20 de março de 2011

Amor fantasma

"...Sugeriu-me que para esquecer os fantasmas, é necessário conviver com eles, avisando-me que as coisas não se esquecem apenas porque as deixamos para trás, no final o que tinha de fazer era os colar na parede, como aqueles posters antigos daqueles ídolos músicais ou até mesmo os filmes que nos iam marcando trocando-os conforme a evolução dos tempos e do crescimento,aqueles que nos faziam sonhar, mas tinha de o fazer, para lembrar que ocupam o mesmo espaço que respiro. Ele fez-me ver que mesmo que fosse varrendo o mesmo chão não era isso que impedia de ele continuar sujo - "Amanhã continuará da mesma forma, mesmo que te faças pensar que o limpaste, os teus olhos não veem mais do que aquilo, portanto, valerá a pena limpar algo que saberás que o resultado será sempre o mesmo, apenas porque irá estar limpo momentaneamente?", nunca tinha pensado em tal coisa, e sem dúvida que me encorajou a dar-lhes a mão, a não os culpar, porque, afinal de contas quem os convidou fui eu, no meio da sua paixão sou eu que estou a mais, sou o inquilino indesejado que todos os moradores têm, "estou a mais...", foi isso que eu pensei, mas não vou embora, vou apenas afastar-me sem os perder de vista ou me assustar do amor deles, o amor fantasma que desconheço."

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pensamento do dia.

Não dispensarás um acto sem que antes da consequência se desenvolva uma vontade, e mesmo que pensando no que se perde ao contrário do que podes vir a ganhar será uma justiça colectiva, uma epopeia de humanização mesmo que ao menor nível, ou , no toque mais súbtil torna a face do mundo num avesso higiénico por entre o campo das vontades.

João,long time ago.