terça-feira, 30 de agosto de 2011

Discurso de ficção.

- Não posso tocar um gesto,
que nas minhas mãos se esguia,
num sentimento em caligrafia,
se levanta um frio de um protesto.

- Fosse estranho se não o fizesse,
se não fosse cobarde de culpa,
para uma coragem de desculpa,
e fugir do que acontece.

- Ah! consciência do desconforto,
não fosse tudo tão corrosivo!
ou me tornas constantemente vivo,
ou demasiado morto.

- Queria eu perceber sem ter de olhar,
aquilo que me rasga a vedação,
se é amor por negação,
ou se é ódio de continuar.

- Antes fosse ficção,
sem qualquer humanidade,
sem a doença de identidade,
só discurso de imaginação.

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