- Não posso tocar um gesto,
que nas minhas mãos se esguia,
num sentimento em caligrafia,
se levanta um frio de um protesto.
- Fosse estranho se não o fizesse,
se não fosse cobarde de culpa,
para uma coragem de desculpa,
e fugir do que acontece.
- Ah! consciência do desconforto,
não fosse tudo tão corrosivo!
ou me tornas constantemente vivo,
ou demasiado morto.
- Queria eu perceber sem ter de olhar,
aquilo que me rasga a vedação,
se é amor por negação,
ou se é ódio de continuar.
- Antes fosse ficção,
sem qualquer humanidade,
sem a doença de identidade,
só discurso de imaginação.
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